Sentir o coração disparar é um sintoma bastante comum. Isso pode acontecer por vários motivos, tais como emoções, estresse, exercícios físicos e febre. Porém, em alguns casos pode estar relacionado a um tipo de doença do coração: as arritmias cardíacas.
Para compreender o que são as arritmias cardíacas, é preciso entender como funciona a regulação do ritmo do coração. O coração bombeia o sangue para os órgãos, o que é feito mais ou menos rapidamente conforme a necessidade do corpo. Como você já deve ter percebido, durante um exercício físico vigoroso, sentimos que o coração bate mais rápido.
O mesmo ocorre quando somos submetidos a uma atividade de estresse intensa: o corpo entra em estado de alerta e o coração dispara também. Febre, doenças da tireoide, anemia e outras doenças não cardíacas também podem levar ao coração acelerado.
Isso faz parte do funcionamento normal do organismo, pois a demanda de oxigênio e nutrientes pelos órgãos aumenta nesses estados e é pelo sangue que eles chegam. Diferentemente, durante o sono, normalmente o coração funciona em um ritmo mais tranquilo, pois o corpo consome menos nutrientes e oxigênio.
Porém, se você sentir o coração disparar sem nenhum motivo aparente, deve ficar atento à possibilidade de ser uma Arritmia Cardíaca. O coração normalmente contrai em um tempo e ordem adequada para a necessidade do corpo e, durante as arritmias a sincronia, velocidade e força dos batimentos são inadequadas.
Como são os sintomas de arritmia?
A pessoa com arritmia pode sentir o coração disparar mesmo durante o repouso ou um esforço físico muito leve. Essa percepção desconfortável dos batimentos se chama “palpitação”. Além dessas palpitações, quem tem arritmia pode ter mais sintomas como desmaios, dor no peito, falta de ar, dentre outros.
Um dos melhores exames para definir se a aceleração é um problema cardíaco ou não‚ é realizar um eletrocardiograma quando senti-la. Como ela pode ser pouco frequente ou de duração muito breve, nem sempre isso é possível. Nesses casos, o médico pode investigar com outros exames
O diagnóstico deve ser confirmado pelo médico, pois existem vários tipos de arritmia e o tratamento varia conforme a cada tipo e as características de cada paciente.
Tratamento de arritmia
Algumas arritmias são muito benignas e exigem apenas o acompanhamento clínico. Já outras arritmias devem ser controladas com o uso de medicações. Em outros casos, é indicado o implante de marca-passos cardíacos.
Finalmente, boa parte dos pacientes com arritmia podem se beneficiar da Ablação por Radiofrequência. A Ablação por Radiofrequência é um procedimento terapêutico no qual os cateteres são inseridos no paciente através de uma veia e levados até o coração. Esses cateteres possuem sensores, que permitem o diagnóstico da arritmia de forma muito precisa e também identificam a sua localização. Após isso, é realizada a ablação por cateter, usando a energia de radiofrequência nesse local, eliminando o problema.
Esse procedimento deve ser realizado em ambiente hospitalar por uma equipe com treinamento e certificação adequada. Geralmente é necessária uma internação curta, de um dia para o outro, e o período de repouso pós operatório dura cerca de uma semana. A Ablação é considerada um procedimento muito seguro pelas Sociedades de Cardiologia nacionais e internacionais e tem o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida da pessoa com arritmia.